Canta cigarra!
Clicia
Pavan
Canta a ingênua cigarra
Sem se preocupar com a sorte
Com a morte...
Canta toda alegria da primavera
Sem esperar o inverno...
Canta num gesto trágico.
Musa das flores!
Diante do teu canto cala-se a brisa...
O orvalho silencioso
Chora diante do teu destino...
Teu canto cigarra, desabrocha cada botão...
Em rosas do amanhecer!
Meus versos como pétalas
Se espalham na primavera.
Pensando em ti escrevo ao teu canto
Sinto-me invadida
Por uma forte magia
Além da vida!
Guardo comigo a lembrança do teu canto.
Como se fosse tu,
que cantará na próxima primavera.
Sou poeta, vivo a estação das flores!
Sem pensar na tristeza do inverno...
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