Índios... 
Clicia Pavan 


Meu poema é um sopro de saudades
Quando meus olhos tropeçam
 no vôo de uma gaivota
Vejo ao longe velas das naus portuguesas
 dos açores e da ilha da madeira ,Conquistadores...



E penso no nosso infortúnio :
O nosso Pau-Brasil ruindo ,
 abatido , prostado ao chão
Levados...Iam virar portões
Com nosso ouro , muitas coroas e anéis ,
que ficaram no fausto do império
O tempo não apaga a lembrança
Da nobreza dos índios das nossas praias ,
 das nossas terras...
Eram homens e mulheres ,
 eram velhos e crianças ,
Eram Kayapós , Tupis , Aruaques ,
 Caraíbas , Timbiras e outros tantos mais...



Eram os donos das nossas praias ,
 das nossas terras
Eram a primeira nação de brasileiros,
que mesmo dizimados 
E suas terrãs ocupadas
 não aceitaram a escravidão... 
No meu coração ficou
 a mais sombria das lembranças
Mas tambem ficou o orgulho
  pelos nossos primeiros irmãos brasileiros 
A nobreza dos nossos índios... 



Índio, tua figura altiva me lembra
  um tubarão de mil aparas
Que deixa tudo de lado,
  quando na presa repara
Caçador de arco e flecha ,
  eras o dono das florestas
Nada o prende ao passado,
  pois o presente nada foi reparado
Só eles são enganados,
 e mais um documento assinado
e assim dizimados e suas terras ocupadas...


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Página editada em 11/02/2006.